A Arábia Saudita nunca reconheceu Israel nem assinou os Acordos de Abraão de 2020, que foram patrocinados pelos Estados Unidos e resultaram nas relações oficiais entre Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Marrocos e Israel. A administração de Joe Biden pressionou para que a Arábia Saudita desse o mesmo passo, mas a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza dificultou qualquer aproximação nesse sentido.
O ministro saudita das Relações Exteriores, o príncipe Fayçal bin Farhan, também declarou em Davos que Riade continua “aberto” à possibilidade de estabelecer laços com Israel no futuro, mas enfatizou a necessidade de um cessar-fogo e a criação de um Estado palestino.
A princesa Reema reforçou a posição saudita, afirmando que “o sangue-frio deve prevalecer”, e expressou sua profunda preocupação com uma eventual escalada que poderia devolver a região “à idade da pedra”. Ela destacou que há traumas e dor em ambos os lados e pediu um cessar-fogo imediato.
A tensão entre Israel e o Hamas é um dos principais obstáculos para a normalização das relações entre Israel e os países árabes. O movimento islamista palestino lançou um ataque em território israelense em outubro, desencadeando uma retaliação de Israel que resultou em centenas de mortes, a maioria de civis.
Enquanto a Arábia Saudita continua a exigir um cessar-fogo antes de prosseguir com qualquer negociação para normalizar as relações com Israel, a situação precária na região permanece sem solução. A retórica e tensão concomitante entre Israel e os países árabes amplia a incerteza sobre o futuro das relações entre esses estados.