Projeto de lei propõe criminalização do uso de cerol em pipas e raias para evitar acidentes com motociclistas e ciclistas.

Recentemente, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) apresentou um projeto que tem como objetivo criminalizar a fabricação, o transporte, o uso e a venda de linhas ou materiais cortantes como cerol, utilizados para empinar pipas. O PL 5.951/2023 está tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e propõe alterações no Código Penal para estabelecer penas de seis meses a três anos de prisão, além de multa, para quem vender, fabricar ou transportar linhas ou materiais cortantes para serem usados em pipas, papagaios, raias ou objetos similares. A mesma pena seria aplicada para aqueles que empinarem pipas com cerol ou outros tipos de material cortante.

A justificativa para o projeto se baseia no fato de que o uso de pipas com material cortante, como cerol, tem representado um perigo para motociclistas e ciclistas, resultando em incidentes graves, incluindo lesões e até mortes. Damares Alves ressaltou que o objetivo não é criminalizar brincadeiras inocentes, muitas vezes praticadas por crianças ou adolescentes, mas sim proteger a população de um risco real.

No entanto, o projeto prevê exceções para situações em que o uso de linhas ou materiais cortantes seja autorizado previamente pelo poder público, como em eventos, treinamentos, festivais e campeonatos, desde que realizados em locais apropriados e devidamente sinalizados, afastados de vias públicas e redes de energia elétrica.

Segundo a autora do projeto, a flexibilização do direito individual se faz necessária para proteger a vida e a segurança dos cidadãos. A proposta tem recebido apoio de alguns setores da sociedade, especialmente por parte de grupos que defendem a segurança no trânsito e a conscientização sobre os perigos do uso do cerol em pipas.

A discussão em torno do projeto tem levantado debates sobre a necessidade de regulamentar práticas recreativas que, apesar de tradicionais, representam riscos significativos para a segurança pública. Enquanto isso, o PL 5.951/2023 continua avançando no Senado e é aguardado com expectativa por diversos segmentos da sociedade.

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