Revistas Pessoais em Aeroportos Geram Constrangimentos e Reclamações de Passageiros em Todo o País

A revista pessoal aleatória nos aeroportos é uma medida de segurança obrigatória em todo o país, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O objetivo é alinhar as normas de segurança do Brasil com padrões internacionais que visam garantir a segurança dos passageiros e evitar atos de interferência ilícita na aviação civil.

De acordo com a Anac, a inspeção de segurança aleatória deve ser realizada sem discriminação, levando em consideração origem, raça, gênero, idade, profissão, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro. No entanto, relatos recentes de passageiros indicam que a abordagem adotada por agentes de segurança em aeroportos tem gerado constrangimento e desconforto.

Um caso que chamou a atenção foi o da cantora Cris Pereira, que se sentiu constrangida durante uma revista pessoal aleatória no aeroporto. A artista afirmou que estava viajando com a família, incluindo sua filha, que está em tratamento paliativo contra um câncer. Segundo o relato de Cris, a equipe de segurança questionou a possibilidade de a criança levantar, e diante da impossibilidade, ela foi submetida a uma revista manual, o que causou indignação na família.

Além disso, a advogada especialista em Direito de Pessoas com Deficiência, Vanessa Ziotti, ressaltou a importância de que os procedimentos de segurança sejam os mesmos para todos os passageiros, independentemente de suas condições físicas ou deficiências. Ziotti destacou a necessidade de treinamento adequado para os profissionais de segurança, de modo a garantir uma abordagem respeitosa e inclusiva em todas as situações.

Outros relatos de passageiros revelam situações similares, em que as revistas pessoais aleatórias são conduzidas de forma invasiva e desconfortável. Em dezembro, a diretora do Instituto XP, Gabriela Torquato, descreveu momentos ruins que vivenciou durante uma revista no aeroporto.

Diante desses relatos, a advogada Vanessa Ziotti recomenda que as pessoas procurem registrar as situações de constrangimento e buscar orientação junto às autoridades e órgãos competentes para tomar as medidas cabíveis, visando evitar violações de direitos e garantir uma abordagem respeitosa e inclusiva nos procedimentos de segurança nos aeroportos do país.

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