Acusado de matar a mãe a pauladas por razões financeiras tem prisão preventiva decretada após audiência de custódia

Heronildo Quintino de Lira Júnior, de 41 anos, foi preso quase cinco meses após o crime no qual é acusado de matar a própria mãe, a professora aposentada Euda Cavalcanti de Lira, por causa de dinheiro. O acusado foi alvo de uma audiência de custódia que resultou na decretação de prisão preventiva, ocorrida na última quinta-feira (18). Ele foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR), segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

O crime em questão foi cometido no fim de agosto de 2023, quando Heronildo teria matado a mãe a pauladas por questões financeiras. Além disso, após cometer o crime, o acusado teria fingido ter encontrado o corpo da mãe dentro da casa em que moravam, em Moreno, na Região Metropolitana do Recife. O corpo de Euda Cavalcanti de Lira foi encontrado dois dias depois e a investigação apontou que ela foi morta com um golpe de instrumento contundente na cabeça.

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O processo seguirá na Vara Criminal de Moreno, e a defesa de Heronildo Quintino de Lira Júnior poderá ser feita por defensor público ou advogado particular. Após a audiência de custódia, o Tribunal de Justiça de Pernambuco informou que será iniciada a fase de instrução, na qual serão ouvidas as testemunhas arroladas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e pela Defesa. Posteriormente, Heronildo poderá ser pronunciad a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri, ou impronunciado, decisão que dependerá das provas produzidas em juízo.

Inicialmente, o crime foi investigado como latrocínio, pois na casa da vítima foram identificados cartões bancários e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) da aposentada que haviam desaparecido. No entanto, a investigação concluiu que foi o próprio filho quem havia levado esses itens, bem como o celular da mãe. Vizinhos também relataram que ele e a mãe discutiam constantemente, além de ele explorar financeiramente a mãe, realizando compras nos cartões dela sem consentimento.

De acordo com o juiz Gabriel Araújo Pimentel, da Vara Criminal de Moreno, Euda chegou a trocar as fechaduras da casa várias vezes para tentar impedir a entrada do filho. Testemunhas ainda relataram que Heronildo não teria demonstrado “emoções condizentes de uma pessoa que acabara de saber que a mãe foi morta de forma violenta”. O mandado de prisão foi expedido na última terça-feira (16), tendo sido cumprido na manhã de quarta-feira (17) pela Delegacia de Moreno.

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