De acordo com o site da casa Guernsey’s, o catálogo de venda contém cerca de uma centena de “objetos preciosos” que pertenceram ao herói da luta contra o apartheid. Entre esses itens estão uma camisa de seda preta que Mandela vestia quando se encontrou com a rainha Elizabeth em 1996, com um preço inicial sugerido de 34 mil dólares, um porta-documentos de couro de avestruz sendo oferecido por 24 mil dólares e também cartas e presentes de Barack Obama e Bill Clinton, além do documento de identidade original de Mandela, disponível a partir de 75 mil dólares.
Apesar de ser considerado um leilão “excepcional” e “sem precedentes”, o governo sul-africano expressou sua preocupação e deixou a casa de leilões americana Guernsey’s em uma posição delicada. O presidente da Guernsey’s, Arlan Ettinger, questionou se seria possível realizar o leilão, programado para 22 de fevereiro, devido ao incômodo do governo.
O leilão, que seria realizado para arrecadar fundos para a construção de um jardim em memória de Mandela, perto de seu túmulo em Qunu, gerou controvérsias. Segundo Ettinger, a filha de Mandela teria autorizado a venda com esse objetivo, mas a AFP não conseguiu contatá-la para comentar o assunto.
Vale destacar que Mandela é uma figura histórica de importância global, sendo responsável por grande parte da luta contra o apartheid na África do Sul. Após sua morte em 2013, aos 95 anos, seu legado permanece vivo e sua história ainda é motivo de debate e controvérsia.