De acordo com Gilberto Rodríguez, promotor especializado em Crimes Econômicos, Peirano Basso terá que fixar residência enquanto o pedido de extradição tramita, não podendo deixar o país. Além disso, ele terá a obrigação de se reportar semanalmente à polícia.
Apesar da libertação, Peirano Basso já cumpria medidas não privativas de liberdade devido a um processo criminal iniciado há mais de duas décadas no Uruguai. Segundo o promotor, o Paraguai terá um prazo de 40 dias para apresentar o pedido formal de extradição, que será avaliado pela justiça uruguaia.
No Paraguai, Peirano Basso é procurado pela quebra do Banco Alemán e pelo desvio de recursos de cotistas do Fundo Mútuo Banalemán. No entanto, sua eventual extradição não poderá ser concretizada enquanto ele tiver uma causa aberta no Uruguai.
A decisão da Justiça uruguaia gerou grande repercussão, uma vez que Peirano Basso é uma figura conhecida no meio financeiro e o caso das fraudes milionárias tem chamado atenção dos meios de comunicação. Sua libertação com medidas cautelares levanta questões sobre a possibilidade de imparcialidade do processo de extradição, bem como sobre a gestão dos processos judiciais envolvendo acusações de crimes econômicos.
A situação também evidencia a complexidade das relações jurídicas e extradição entre países latino-americanos, assim como a necessidade de cooperação internacional para a resolução de casos como esse. Enquanto aguarda o desdobramento do processo, Peirano Basso permanece sob fortes atenções jurídicas e midiáticas em meio a um contexto de investigações e acusações.