O evento inaugural, que ocorre nesta sexta-feira (19), consiste em um show em frente ao morro na baía do Rio da Prata, local que deu origem ao nome da cidade. O ineditismo do evento está garantido pela primeira vez em que a Banda Sinfônica e a Filarmônica de Montevidéu se apresentam simultaneamente.
Nos dias seguintes, a cidade oferecerá 40 shows com mais de 300 artistas distribuídos em cinco palcos no Centro e na Cidade Velha. Com uma diversidade musical que abrange candombe, hip-hop, rap, murga, plena, cumbia, canto popular, música eletrônica, rock, milonga e tango, a festa será democrática na escolha dos estilos.
“A cultura e a música são o centro das comemorações, não apenas dos montevideanos, mas de todos os uruguaios, porque Montevidéu é a capital de todos os uruguaios”, enfatizou Federico Graña, diretor de Desenvolvimento Municipal e Participação da IM. A cidade de Montevidéu, que abriga metade dos 3,4 milhões de habitantes do Uruguai, promete ainda publicações e convocações nos próximos meses, além de mostras e festivais nos bairros.
Apesar da festa, há polêmicas em relação à data de fundação real da cidade, com alguns apontando para interesses políticos. Enquanto a IM defende a data de 20 de janeiro de 1724 como a verdadeira data de fundação, a oposição alega que a cidade só completará três séculos em dezembro de 2026.
Com a intenção de candidatar-se às eleições presidenciais de outubro, a intendente Carolina Cosse, que vai disputar as internas em junho pela candidatura da Frente Ampla, é acusada pela oposição de aproveitar a celebração do terceiro centenário da cidade como uma oportunidade para impulsionar sua candidatura.
As comemorações serão marcadas por uma série de eventos e, apesar das polêmicas em torno da data de fundação, a cidade de Montevidéu celebra sua rica cultura e sua diversidade musical, sendo palco de manifestações artísticas que atraem não só os moradores da cidade, mas também de todo o Uruguai. A celebração promete unir a população em torno de sua identidade e história.
