Na terça-feira, o Irã anunciou que bombardeou o que chamou de alvos “terroristas” no Paquistão, que por sua vez respondeu na quinta-feira atacando bases de separatistas paquistaneses da etnia baluchi dentro do Irã. Segundo Islamabad, o ataque iraniano deixou duas crianças mortas, enquanto pelo menos nove pessoas morreram em bombardeios paquistaneses, incluindo quatro crianças e três mulheres, conforme informações da imprensa oficial iraniana.
Diante desse contexto, o Paquistão retirou seu embaixador do Irã e proibiu o retorno do enviado iraniano, ao passo que as Nações Unidas e os Estados Unidos pediram moderação e a China se ofereceu para mediar o conflito.
O chanceler iraniano, Amir Abdollahian, destacou em um comunicado a importância da cooperação entre os dois países para neutralizar e destruir acampamentos terroristas no Paquistão.
Essas ações militares na região fronteiriça do Baluchistão, dividida entre as duas nações, alimentaram tensões regionais, já exacerbadas pela guerra entre Israel e o Hamas. O Baluchistão é a província menos populosa e mais pobre do Paquistão, mas é rica em hidrocarbonetos e minerais, sendo palco de uma rebelião separatista.
As tensões entre Paquistão e Irã são motivo de preocupação para a comunidade internacional, uma vez que a desescalada do conflito é essencial para a estabilidade da região. Espera-se que as negociações entre os dois países avancem e que se encontre uma solução pacífica para o impasse.