Cinco membros dos Guardiões da Revolução iranianos morrem em bombardeio atribuído a Israel em Damasco, incluindo chefe de inteligência para a Síria.

Neste sábado (20), cinco membros dos Guardiões da Revolução iranianos, incluindo o chefe de inteligência para a Síria, morreram em um bombardeio em Damasco, atribuído a Israel. Os Guardiões da Revolução, um exército ideológico da República Islâmica, acusaram Israel de ter efetuado o ataque com “aviões de combate” na capital síria. Inicialmente, relataram que quatro dos “conselheiros militares”, bem como “membros das forças sírias” morreram no bombardeio. Horas depois, confirmaram a morte de outro membro dos Guardiões, que não resistiu aos ferimentos.

A agência iraniana Mehr reportou que morreram no ataque o chefe de inteligência para a Síria dos Guardiões da Revolução iranianos e seu adjunto. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que conta com uma rede de informantes na Síria, reportou um balanço de dez mortos. O prédio bombardeado, situado no bairro de Mazzeh, ficou destruído e foi isolado, constatou um jornalista da AFP. A OSDH afirmou que no momento do incidente, estava acontecendo uma reunião de “líderes pró-Irã”. A ONG acrescentou ainda que o bairro de Mazzeh é conhecido por abrigar facções palestinas pró-Irã e comandos dos Guardiões da Revolução iranianos.

O ministério das Relações Exteriores iraniano acusou Israel pelo bombardeio e o presidente do país, Ibrahim Raisi, classificou o ataque como um “atentado covarde”. Ele ainda alertou que “não ficará sem resposta”. O Irã acusou Israel de estar envolvido em uma “tentativa desesperada de propagar a instabilidade e a insegurança na região”.

Desde que começou a guerra civil da Síria, em 2011, Israel lançou centenas de ataques aéreos contra seu território, dirigidos especialmente a forças alinhadas com o Irã, seu rival regional, mas também a posições do exército de Damasco. Nos últimos meses também houve ataques israelenses nos aeroportos de Damasco e Aleppo, no norte da Síria.

A maioria dos ataques “visa provavelmente a perturbar as entregas de armas iranianas ao Hezbollah e aos grupos alinhados com o Irã na Síria”. Todos esses acontecimentos evidenciam a tensão entre os países e o aumento da violência na região.

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