Corpo embalsamado de Vladimir Lênin completa 100 anos e mantém polêmica sobre enterro

Na Praça Vermelha, em Moscou, um local historicamente importante e atraente para turistas, está um símbolo inconfundível dos tempos da União Soviética: o mausoléu onde encontra-se o corpo embalsamado de Vladimir Lênin. A morte de Lênin completa 100 anos neste domingo (21), o que reforça a importância histórica dessa figura do século XX. Após sua morte, seu corpo foi preparado para um grande funeral em Moscou, reunindo cerca de 500 mil pessoas, e, inicialmente, deveria ser sepultado após alguns dias. No entanto, sua preservação foi decidida, com a retirada de órgãos e um processo de embalsamamento.

Desde 1924, o mausoléu de Lênin é aberto ao público e é alvo de visitas constantes, porém existe um rigoroso controle de segurança que veta a entrada de câmeras e celulares, o que mantém a solenidade do local. No entanto, a manutenção do corpo de Lênin tem gerado discussões políticas e custos milionários, algo que divide a opinião dos russos. Enquanto mais de 60% dos russos querem que o corpo seja enterrado, as opiniões políticas divergem em relação à preservação do mausoléu.

No entanto, a figura de Lênin faz parte de um contexto histórico muito importante. Outros líderes comunistas, como Mao Tsé-tung e Ho Chi Minh, também foram embalsamados e têm mausoléus que são visitados até hoje em diversos países. O presidente russo, Vladimir Putin, sinalizou que o corpo de Lênin não será enterrado tão cedo, pois ainda existe uma parcela da população que se conecta com as conquistas do passado soviético.

Essa questão política e histórica se mantém em aberto, enquanto o corpo de Lênin é, ao mesmo tempo, um túmulo e um monumento à história russa e soviética. A abordagem do governo russo em relação a essa questão pode evoluir com o tempo, mas, por ora, o corpo embalsamado de Vladimir Lênin permanece como um símbolo incontestável do passado controverso e marcante da Rússia.

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