De acordo com os relatos, aproximadamente 50 mil pessoas se reuniram em Munique, o dobro do número de inscritos previamente. A marcha teve que ser interrompida devido à expressividade do contingente. No entanto, outras estimativas afirmam que o número de manifestantes pode ter chegado a 200 mil pessoas, enquanto a polícia estima a participação de cerca de 100 mil pessoas.
Os cartazes dos manifestantes exibiam frases como “Fora, nazistas” e “Nunca mais, esse é o momento”. O partido AfD, que entrou no Parlamento em 2017, está em segundo lugar nas intenções de voto para as eleições regionais de setembro, com cerca de 22% de apoio.
Os protestos se espalharam por cerca de 40 cidades alemãs, com estimativas de 250 mil pessoas ocupando as ruas no sábado. Os manifestantes pediam mudanças e se mobilizavam contra o partido, que vem recebendo críticas por suas políticas extremistas e xenofóbicas.
Os protestos foram motivados após a divulgação de informações sobre uma reunião secreta em Potsdam, perto de Berlim, na qual se discutiu um projeto de expulsão em massa de imigrantes, solicitantes de asilo e cidadãos alemães “não assimilados”. A atrocidade do encontro foi comparada à “horrível conferência de Wannsee” em 1942, na qual o regime nazista planejou o extermínio dos judeus europeus.
Políticos, representantes religiosos e treinadores de futebol fizeram um apelo à população para se mobilizar contra o partido, que vem ganhando força em três estados do leste. O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, declarou que os manifestantes o encorajam e defendem a república e a constituição contra seus inimigos.
Dessa forma, a população alemã tem se mostrado ativa e mobilizada, buscando combater a ascensão de ideologias extremistas e promover a tolerância e a diversidade em seu país.
