Entre os casos mais graves, destacam-se os deslizamentos de terra que ocorreram em São Sebastião (SP), em fevereiro, e no Vale do Taquari (RS), em setembro, que resultaram, respectivamente, em 64 e 53 mortes. Além disso, o levantamento do Cemaden aponta que as ocorrências seguiram o padrão de concentração em capitais e regiões metropolitanas, com a maior parte delas localizada na faixa leste do país.
O Cemaden também emitiu um total de 3.425 alertas para os municípios monitorados ao longo do ano passado, incluindo 1.813 registros hidrológicos e 1.612 registros geohidrológicos. Esta foi a terceira maior quantidade de alertas emitidos desde a criação do Centro em 2011. Vale ressaltar que a instituição monitora 1.038 municípios, o que corresponde a 18,6% das cidades do país e a 55% da população nacional.
Segundo informações do próprio Cemaden, o órgão emitiu a maior parte dos alertas para regiões metropolitanas, na região do Vale do Taquari (RS) e do Vale do Itajaí (SC), além de cidades como Petrópolis (RJ), São Paulo (SP) e Manaus (AM).
Ainda de acordo com o Centro, a temperatura média global em 2023 ficou 1.45 ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900). O órgão ressalta que as temperaturas mais quentes contribuem para a intensificação de chuvas, enxurradas e ciclones extratropicais com alto potencial de destruição e prejuízos econômicos.
Diante desses números alarmantes, os órgãos competentes e a sociedade civil precisam redobrar a atenção e as ações de prevenção e mitigação de desastres ambientais, visando proteger vidas e reduzir os danos causados por esses eventos. A conscientização e a promoção de medidas sustentáveis também são essenciais nesse processo de enfrentamento e adaptação às mudanças climáticas.
