O advogado de Lancellotti, Luiz Eduardo Greenhalgh, alegou que se trata de uma montagem, um vídeo falso. O material havia sido entregue ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, pelo vereador Rubinho Nunes, autor do requerimento de comissão parlamentar de inquérito (CPI) que pretende investigar o padre Lancellotti e organizações sociais que apoiam pessoas em situação de rua no centro de São Paulo.
O vídeo foi entregue à Cúria Metropolitana e ao Ministério Público, e continha uma suposta videochamada entre um homem que alegaram ser o padre e um rapaz menor de idade. O MPSP também investigou o caso, concluindo que não há materialidade na denúncia e arquivou o inquérito. A Arquidiocese ressaltou que permanece atenta a elementos verdadeiros sobre os fatos denunciados, mantendo distância de interesses ideológicos e políticos.
Sete vereadores paulistanos que assinaram o documento para a instauração da CPI já retiraram o apoio, afirmando terem sido enganados pelo autor da CPI, pois o texto não mencionava o padre. A Arquidiocese de São Paulo emitiu um posicionamento completo sobre a situação, destacando que o material entregue à Cúria Metropolitana era o mesmo conteúdo divulgado em 2020, que já havia sido investigado pela entidade e pelo MPSP.
Concluindo que não houve convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia, a Arquidiocese informou a Santa Sé sobre a decisão de arquivamento. Além disso, reiterou sua postura de distância de interesses ideológicos e políticos, mantendo-se atenta a quaisquer elementos de verdade sobre os fatos denunciados.
