Segundo White, dois projéteis de tanque atingiram um edifício que abrigava cerca de 800 pessoas, causando uma tragédia humanitária de grandes proporções. Além disso, ainda de acordo com o diretor da UNRWA (na sigla em inglês) em Gaza, a organização tentava se comunicar com o centro afetado. Já as imagens transmitidas pelo canal Al Jazeera em árabe mostraram espessas colunas de fumaça saindo do prédio atingido.
Como pano de fundo para esse episódio trágico, está o agravamento das operações do Exército israelense contra o movimento islamista palestino Hamas, na região de Khan Yunis. Todo o complexo abriga cerca de 10.000 pessoas, segundo o coordenador humanitário interino da ONU para os Territórios Palestinos, James McGoldrick.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) também havia tentado se comunicar com o centro nesta quarta-feira. McGoldrick, por sua vez, lamentou profundamente a tragédia, classificando o incidente como um novo exemplo do impacto dos confrontos na região. Ele argumentou que a ação militar vitimou um edifício que tinha como principal objetivo servir a questões humanitárias, o que intensifica o caráter chocante e injusto do ocorrido.
A comunidade internacional e diversos setores da sociedade civil têm acompanhado com preocupação os desdobramentos do conflito entre Israel e Palestina, e esse novo episódio acrescenta tensão e luto a um cenário já marcado pelo sofrimento e pela incerteza. A atenção para tragédias como essa deve se manter viva entre os principais atores políticos e humanitários do mundo, em busca de soluções efetivas para o conflito e de mais proteção para as populações afetadas.
