Segundo Nadezhdin, cerca de 120.000 russos assinaram uma petição em apoio à sua candidatura, número necessário para que ele possa se registrar para as eleições que ocorrem entre os dias 15 e 17 de março. Em relação às eleições, o político tem como prazo até 31 de janeiro para entregar, no mínimo, 100.000 assinaturas à Comissão Eleitoral. Caso as listas estejam erradas ou sejam falsificadas, a candidatura pode ser rejeitada.
O pré-candidato destaca que é “o único candidato ainda na disputa que critica sistematicamente a política do presidente Putin e que é favorável ao fim da operação militar especial”, eufemismo para se referir à ofensiva na Ucrânia, uma vez que os termos “guerra” e “invasão” podem acarretar penas de prisão. Nadezhdin assegura que, se eleito presidente, interromperá o conflito, negociará uma solução com Kiev e com os países ocidentais, acabará com a “militarização” da Rússia e libertará “todos os presos políticos”.
Ao analisar as dificuldades de concorrer com Putin, o pré-candidato reconhece a força do atual presidente, bem como o apoio de um número significativo de russos que nunca viram outro líder na televisão além de Putin. Diante desses desafios, Nadezhdin mantém o otimismo e a determinação em sua luta pelas mudanças políticas na Rússia.