Repórter Recife – PE – Brasil

Cientistas realizam fecundação in vitro de rinoceronte para salvar espécie em risco de extinção

CIENTISTAS REALIZAM A PRIMEIRA FECUNDAÇÃO IN VITRO DE UM RINOCERONTE-BRANCO-DO-SUL

Na última terça-feira, um avanço impressionante para a conservação do rinoceronte-branco-norte foi anunciado por um grupo de cientistas. Eles conseguiram realizar a primeira fecundação in vitro de um rinoceronte-branco-do-sul, um processo que pode salvar a subespécie em perigo de extinção. O líder do projeto, Thomas Hildebrandt, declarou em uma coletiva de imprensa em Berlim: “Conseguimos algo que se acreditava impossível.”

Esse avanço é crucial para a preservação do rinoceronte-branco-norte, que atualmente conta apenas com duas fêmeas, Najin e Fatu, ambas consideravelmente idosas. O último macho, chamado Sudan, faleceu em 2018, o que levou os cientistas a procurar soluções alternativas para preservar a subespécie. O objetivo principal do projeto é produzir rinocerontes-brancos-do-norte nos próximos dois anos e meio, mas o processo pode levar mais tempo, já que a gestação em rinocerontes dura 16 meses.

A equipe do projeto, que faz parte do grupo científico BioRescue e é apoiada pelo Ministério de Pesquisa alemão, planeja avançar para a próxima etapa do programa de reprodução. Eles tentarão realizar a fecundação de um rinoceronte-branco-do-sul com um embrião da mesma espécie em uma mãe portadora da subespécie do norte.

Segundo Hildebrandt, essa tecnologia também pode servir como modelo para outras espécies de rinocerontes ameaçados, como o rinoceronte de Sumatra, no sudeste asiático. Ele ressaltou que os rinocerontes modernos habitam o planeta há 26 milhões de anos, e estima-se que mais de um milhão ainda viviam em estado selvagem no meio do século XIX.

Esse progresso científico é a última chance de sobrevivência para esses animais, que têm poucos predadores naturais, mas cujo número diminuiu devido à caça desde a década de 1970. A equipe de cientistas agora tem a esperança de que a reprodução assistida em laboratório possa garantir um futuro para o rinoceronte-branco-norte e outras espécies ameaçadas de rinocerontes. Este avanço representa uma nova esperança na luta pela preservação desses animais icônicos.

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