Investigação sobre padre Júlio Lancellotti é arquivada pela Arquidiocese de São Paulo após divulgação de vídeo falso de conteúdo sexual.

Arquidiocese de São Paulo arquiva investigação sobre o padre Júlio Lancellotti

A Arquidiocese de São Paulo anunciou ontem que arquivou a investigação sobre o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral de Rua da capital paulista. A entidade informou que o vídeo de conteúdo sexual foi divulgado em 2020 e já era investigado pela Cúria Metropolitana paulista.

De acordo com a organização, o arquivamento da denúncia aconteceu porque não houve convicção suficiente sobre a materialidade do caso. Além disso, a decisão também considerou as conclusões do MPSP (Ministério Público de São Paulo) e da Justiça Paulista. A Arquidiocese informou ainda que a Santa Sé foi notificada sobre o arquivamento.

O advogado de Lancellotti, Luiz Eduardo Greenhalgh, afirmou que se trata de uma montagem, um vídeo fake (falso). Ele ainda revelou que o material foi entregue ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), pelo vereador Rubinho Nunes, do mesmo partido. Nunes é o autor do requerimento de comissão parlamentar de inquérito (CPI) que pretende investigar o padre Lancellotti e organizações sociais que apoiam pessoas em situação de rua no centro de São Paulo.

Segundo o advogado, o material foi entregue à Cúria Metropolitana na segunda-feira passada (22) e também foi levado ao Ministério Público. O vídeo contém uma suposta videochamada entre um homem que alegaram ser o padre e um rapaz menor de idade. Porém, o MPSP investigou o caso e concluiu que não há materialidade na denúncia, arquivando o inquérito.

A Arquidiocese relatou que permanece atenta a elementos verdadeiros sobre os fatos denunciados, mantendo distância de interesses ideológicos e políticos.

Por fim, sete vereadores paulistanos retiraram o apoio ao documento para a instauração da CPI. Eles disseram ter sido enganados pelo autor da CPI, uma vez que o texto não mencionava o padre Júlio Lancellotti.

A organização emitiu um posicionamento completo sobre o assunto, destacando os pedidos feitos à Câmara Municipal de São Paulo e esclarecendo as ações tomadas desde a divulgação do vídeo em 2020. A Arquidiocese reforçou a sua postura de distanciamento de interesses ideológicos e políticos e afirmou que permanece atenta a elementos verdadeiros sobre os fatos denunciados.

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