O delegado explicou que as armas apreendidas foram vistoriadas e constatou-se que haviam sido disparadas. A microcomparação balística do projétil extraído do corpo da vítima foi confrontada com as duas armas apreendidas, e o exame pericial deu positivo, confirmando a autoria do crime. De acordo com o delegado, os dois homens conduzidos foram autuados em flagrante devido às evidências suficientes de autoria.
O ataque ocorreu após uma convocação para que ruralistas e comerciantes retomassem, por meio da força, a posse da Fazenda Inhuma, ocupada por indígenas no sábado. Uma mulher indígena teve um braço quebrado durante o confronto, e o irmão da vítima teve que ser submetido a uma cirurgia após ser atingido por um disparo de arma de fogo. Outros indígenas também foram feridos, assim como um não indígena que foi flechado.
A Polícia Militar deteve os dois homens suspeitos de participar do ataque, ambos portando revólveres, carregadores e munições. Um dos suspeitos detidos é um policial militar reformado, enquanto o outro é filho de um fazendeiro da região. O delegado Roberto Júnior afirmou que as investigações esclareceram o homicídio da indígena Maria de Fátima Muniz, também conhecida como Nega Pataxó.
Com base nos laudos periciais, a polícia acredita ter elucidado o homicídio da indígena pataxó hã-hã-hãe, que gerou indignação e condenação de entidades e autoridades em todo o país. Ainda há questões a serem esclarecidas, mas a confirmação da autoria do disparo representa um avanço nas investigações, trazendo esperança por justiça para a comunidade indígena.