A intenção desse diálogo é dissipar as tensões que surgiram no final do ano passado, preocupando muitos com a possibilidade de conflito armado. Yván Gil afirma que vão ter uma nova etapa de diálogo direto e bilateral, evidenciando o compromisso das partes envolvidas. A Venezuela e Guiana mantêm suas respectivas posições sobre a controvérsia, sendo a Guiana favorável a resolver a disputa pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) e a Venezuela recorre ao Acordo de Genebra, assinado em 1966, como base para uma solução negociada.
O ministro venezuelano vai à reunião com boa fé e espera que a Guiana também tenha o mesmo espírito para contribuir com as conversas. Ele também expressou o desejo de evitar a possível interferência de potências militares ou “imperiais” no território em questão. A disputa pela região de Essequibo existe há mais de um século entre os dois países e foi ainda mais intensificada após a descoberta de depósitos de petróleo no local. A situação piorou após a realização de um referendo na Venezuela que aprovou incluir a região como parte do território venezuelano, administrada pela Guiana. A presença de um navio de guerra britânico em águas guianenses foi considerada uma “provocação” pela Venezuela.
Portanto, os diálogos em Brasília são essenciais para buscar uma solução pacífica e diplomática para essa disputa territorial que afeta ambos os países. Eles são um passo importante para aliviar as tensões e evitar um possível conflito armado na região. A expectativa é que, com o diálogo e as mediações das nações envolvidas, seja possível estabelecer um acordo que respeite os interesses de ambas as partes. Os desdobramentos dessas negociações serão fundamentais para o futuro da região de Essequibo e suas riquezas naturais.