PGR cobra medidas de proteção aos indígenas Pataxó Hã Hã Hãe após ataque na Bahia

No último sábado (21), um grupo de indígenas da etnia Pataxó Hã Hã Hãe foi alvo de um ataque na cidade de Potiraguá, no sudoeste da Bahia. O ataque resultou na morte de Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, e deixou o cacique Nailton Muniz Pataxó ferido, além de outros indígenas. Dois fazendeiros da região foram presos sob acusação de homicídio e tentativa de homicídio.

Diante desse cenário de violência, a Procuradoria-Geral da República (PGR) cobrou medidas de proteção aos indígenas Pataxó Hã Hã Hãe, no sul da Bahia. A cobrança foi feita pela Câmara de Populações Indígenas e Povos Tradicionais, órgão responsável pelo acompanhamento das políticas indígenas no Brasil.

Em nota técnica, a subprocuradora Eliana Torelly afirmou que a PGR está acompanhando as investigações para responsabilização dos envolvidos nos ataques e cobrou medidas para a regularização de terras indígenas. Torelly ressaltou a importância de ações imediatas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério dos Povos Indígenas e do governo do estado da Bahia para a proteção do povo Pataxó Hã Hã Hãe.

O governo da Bahia anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir os conflitos por terras no estado e propor estratégias para a regularização fundiária dos povos tradicionais. Além disso, uma comitiva do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), liderada pela ministra Sonia Guajajara, visitou a Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, onde o atentado ocorreu, e conversou com os feridos.

Os recentes episódios de violência contra os indígenas Pataxó Hã Hã Hãe chamaram a atenção para a necessidade de proteção e regularização das terras indígenas, em meio a um contexto de conflitos por posse de terras. A cobrança da PGR e as iniciativas do governo da Bahia e do Ministério dos Povos Indígenas demonstram a urgência em garantir a segurança e os direitos dos povos indígenas no país, respeitando suas culturas e territórios.

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