PGR cobra medidas de proteção aos indígenas Pataxó Hã Hã Hãe após ataque na Bahia; governo cria grupo de trabalho

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou, na quarta-feira (24), a necessidade de implementação de medidas de proteção aos indígenas Pataxó Hã Hã Hãe, no sul da Bahia. As medidas foram solicitadas pela Câmara de Populações Indígenas e Povos Tradicionais, órgão da PGR responsável por acompanhar as políticas indígenas no país.

O pedido de proteção surge após um ataque no último sábado (21), em que um grupo de pataxós foi agredido na cidade de Potiraguá, no sudoeste baiano. No incidente, Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, foi baleada e não resistiu aos ferimentos. Além dela, o cacique Nailton Muniz Pataxó também foi atingido por um disparo de arma de fogo, sendo necessário passar por cirurgia. Outros indígenas também foram feridos. Como resultado do ataque, dois fazendeiros locais foram detidos, acusados de homicídio e tentativa de homicídio.

A subprocuradora Eliana Torelly, em nota técnica, ressaltou que está acompanhando as investigações para responsabilização dos acusados e cobrou medidas para regularização das terras indígenas. Em suas palavras, “Permaneceremos acompanhando os processos de regularização fundiária das terras indígenas, cobrando providências imediatas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério dos Povos Indígenas e do governo do estado da Bahia para proteção do povo Pataxó Hã Hã Hãe”.

Após os ataques, o governo da Bahia anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir a questão dos conflitos por terras no estado e propor estratégias para a regularização fundiária dos povos tradicionais. Além disso, na última segunda-feira (22), uma comitiva do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), liderada pela ministra Sonia Guajajara, visitou a Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, no sul da Bahia, e também conversou com os feridos no atentado.

A situação também chamou a atenção do governo dos Estados Unidos, que condenou os ataques contra um refúgio da ONU em Gaza. Enquanto isso, no Brasil, carteiros trocam as bolsas de envelopes por encomendas da internet, o que demonstra a necessidade de tratamento e segurança para todos os cidadãos, independentemente de sua origem ou ocupação.

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