Diante desse cenário de violência, a Procuradoria-Geral da República (PGR) cobrou medidas de proteção aos indígenas Pataxó Hã Hã Hãe, no sul da Bahia. A cobrança foi feita pela Câmara de Populações Indígenas e Povos Tradicionais, órgão responsável pelo acompanhamento das políticas indígenas no Brasil.
Em nota técnica, a subprocuradora Eliana Torelly afirmou que a PGR está acompanhando as investigações para responsabilização dos envolvidos nos ataques e cobrou medidas para a regularização de terras indígenas. Torelly ressaltou a importância de ações imediatas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério dos Povos Indígenas e do governo do estado da Bahia para a proteção do povo Pataxó Hã Hã Hãe.
O governo da Bahia anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir os conflitos por terras no estado e propor estratégias para a regularização fundiária dos povos tradicionais. Além disso, uma comitiva do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), liderada pela ministra Sonia Guajajara, visitou a Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, onde o atentado ocorreu, e conversou com os feridos.
Os recentes episódios de violência contra os indígenas Pataxó Hã Hã Hãe chamaram a atenção para a necessidade de proteção e regularização das terras indígenas, em meio a um contexto de conflitos por posse de terras. A cobrança da PGR e as iniciativas do governo da Bahia e do Ministério dos Povos Indígenas demonstram a urgência em garantir a segurança e os direitos dos povos indígenas no país, respeitando suas culturas e territórios.