Agricultores franceses protestam contra situação econômica e governo de Macron deve anunciar resposta.

Os agricultores franceses estão enfrentando sérios desafios econômicos e, em resposta, iniciaram protestos intensos em diversas regiões do país. Os problemas decorrem do aumento dos custos de produção e a queda nos preços dos produtos agrícolas.

Diversos manifestantes estão bloqueando estradas, como a M35, perto da cidade de Estrasburgo, no nordeste da França. Eles exigem uma resposta do governo e reivindicam 24 demandas, incluindo uma ajuda de emergência para setores em crise, a flexibilização das normas ambientais e compensações pelo aumento da taxa do diesel de uso agrícola, entre outras.

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O protesto, que começou há uma semana no sul do país, já provocou a morte de uma agricultora e sua filha, atropeladas por um veículo em Pamiers. Em outras ações, tratores passaram em frente às Prefeituras de Rennes e Nantes, no oeste, e houve também bloqueios em supermercados e radares de controle de velocidade no sudoeste.

Além disso, houve relatos de saques a caminhões estrangeiros, principalmente espanhóis, marroquinos e búlgaros, com lançamentos de tomates, pimentões e abacates na estrada.

Os agricultores estão dispostos a chegar até Paris se não houver resposta do governo. O principal sindicato do setor, o FNSEA, afirmou que é necessário que os poderes públicos mudem de rumo.

O primeiro-ministro, Gabriel Attal, anunciou que na sexta-feira irá apresentar “propostas concretas de medidas de simplificação” para os agricultores. Enquanto isso, o clima de tensão continua a crescer e as ameaças de protestos na capital francesa aumentam.

Além da França, outros países da União Europeia também enfrentam protestos semelhantes por parte dos agricultores. Alemanha, Romênia e Polônia enfrentam dificuldades com as normas ambientais europeias e a competição “desleal” de produtos importados.

Nesse cenário, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lançou um “diálogo estratégico” com o setor para superar as diferenças, especialmente em relação ao Acordo Verde, que inclui normas como um menor uso de pesticidas para lutar contra a mudança climática.

Enquanto isso, a oposição de esquerda na França pediu ao presidente Emmanuel Macron que “diga claramente ‘stop’ ao Acordo” com o Mercosul, negociação esta que é vista como uma das causas da insatisfação dos agricultores.

Desta forma, a situação dos agricultores franceses reflete uma crise que se estende por toda a União Europeia, evidenciando a necessidade de respostas urgentes por parte dos governos e das instituições que regulam o setor agrícola.

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