A injeção letal é o método de execução mais utilizado nos Estados Unidos, mas, devido à dificuldade de obter as drogas necessárias, outros métodos, incluindo a cadeira elétrica, o enforcamento, o gás letal e o pelotão de fuzilamento, também são utilizados. A Suprema Corte nunca considerou nenhum desses métodos como inconstitucionais, apesar de alguns tribunais estaduais se manifestarem contra.
A injeção letal é o método mais comum, autorizado em 28 estados, e a ética médica impede que médicos participem dessas execuções. No entanto, um médico certifica a morte do prisioneiro após o procedimento. Já a eletrocussão e o gás cianídrico são métodos bem menos utilizados, enquanto o pelotão de fuzilamento e o enforcamento tem baixíssima frequência de ocorrência, sendo autorizados em apenas 8 e 1 estado, respectivamente.
Smith conseguiu sobreviver a uma tentativa de execução por injeção letal em 2022, após horas de tentativas fracassadas de localização de uma veia para a aplicação da dose. Agora, ele enfrentará o gás letal. No entanto, especialistas indicam que há margem para erro e que a morte pode não ser instantânea ou fácil. Uma historiadora e especialista em pena de morte, Deborah Denno, afirmou que o método de execução por gás letal é o pior, pois o detento está consciente do que está acontecendo e o tormento é evidente.
A execução por gás letal tem sido considerada cruel e ineficaz, mas nos Estados Unidos, cinco estados ainda autorizam seu uso como método alternativo. A pena de morte ainda é uma questão muito debatida no país e as diferentes formas de execução demonstram a complexidade do processo. O caso de Smith, e tantos outros, colocam em pauta a questão da execução capital e a busca por um método mais “humano” de punição, levando em consideração a dignidade humana e os direitos do indivíduo.