Manifestação de agricultores em apoio a Evo Morales deixa dois civis mortos e 11 polícias feridos em bloqueio de estradas.

Manifestação de apoiadores do ex-presidente Evo Morales tem causado confrontos e bloqueios nas estradas da Bolívia. Os manifestantes, em sua maioria agricultores e cocaleiros, estão protestando contra uma decisão da justiça que inabilitou Morales para disputar as eleições presidenciais de 2025.

Os manifestantes reivindicam a renúncia dos juízes do Tribunal Constitucional que decidiram contra Morales, bem como a convocação imediata de eleições judiciais. O embate entre os apoiadores de Morales e o presidente Luis Arce tem se aprofundado ainda mais devido a essa questão. Morales acusa Arce de boicotar sua candidatura com a ajuda de congressistas e juízes.

Os confrontos entre os manifestantes e a força pública já resultaram em dois civis mortos e 11 policiais feridos. Além disso, a manifestação tem causado um prejuízo diário de US $ 128 milhões, de acordo com estimativas do Ministério da Economia. O líder cocaleiro Leonardo Loza afirmou que “Nossos movimentos já estão fazendo este governo tremer”.

Enquanto a situação continua tensa e desafiadora, o prejuízo econômico continua a aumentar, e a convulsão social está longe de ser resolvida. O governo boliviano alertou que irá investigar as mortes que ocorreram devido aos bloqueios de estradas, ressaltando a necessidade de responsabilização para aqueles que deram instruções para a manifestação.

Evo Morales, que foi presidente da Bolívia entre 2006 e 2019, foi forçado a renunciar devido a uma revolta social que denunciava supostas fraudes eleitorais para que ele obtivesse um quarto mandato. A crise política na Bolívia continua e coloca em evidência a tensão entre os segmentos da sociedade que apoiam Morales e aqueles que buscam sua desabilitação para futuras candidaturas.

A manifestação continua a dominar o cenário boliviano, chamando a atenção para as divisões políticas e sociais no país. A tensão continua a crescer, e a possibilidade de um desfecho satisfatório ou pacífico para o impasse fica cada vez mais distante. Enquanto isso, o futuro político da Bolívia permanece incerto.

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