De acordo com Eder Gatti Fernandes, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, a decisão de priorizar as crianças de 10 a 14 anos foi baseada no fato de que esse grupo concentra o maior número de hospitalizações. A escolha das cidades beneficiadas seguiu critérios como grande porte, mais de 100 mil habitantes, alta transmissão de dengue, maior número de casos em 2023 e 2024, predominância do sorotipo 2 da dengue, e a definição das regiões de saúde.
As autoridades esclareceram que, embora a vacinação ocorra ao longo do ano, os efeitos não serão sentidos no curto prazo. Além disso, ressaltaram que o foco do combate à dengue neste ano será a realização de ações combinadas, que envolvem o controle do vetor, o mosquito Aedes Aegypti, e a conscientização sobre a eliminação dos criadouros.
Também foi destacada a preocupação com o cenário epidemiológico deste ano, uma vez que, nas três primeiras semanas epidemiológicas, mais de 120 mil casos prováveis foram registrados, acima dos 40 mil registrados no mesmo período do ano anterior. A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, alertou que a linha de casos está acima do canal endêmico desde outubro do ano passado.
Com a divulgação dessas informações, fica claro que a vacinação contra a dengue para crianças de 10 a 14 anos terá um papel crucial no combate à doença. A priorização dessa faixa etária e a seleção criteriosa das cidades beneficiadas demonstram o esforço do Ministério da Saúde em conter a propagação da dengue e reduzir o número de hospitalizações devido à doença. Espera-se que essas medidas contribuam significativamente para o controle da dengue no país.
