Mulheres hondurenhas vestidas de preto marcham em protesto contra aumento de feminicídios no país

A capital de Honduras, Tegucigalpa, foi palco de uma manifestação no Dia da Mulher Hondurenha. Pelo menos 300 mulheres participaram do protesto vestidas de preto, simbolizando o luto em relação ao aumento dos feminicídios no país.

A marcha teve como destino o Congresso Nacional, onde as manifestantes exigiram o respeito à vida das mulheres hondurenhas. Uma ativista que cobria seu rosto e cabelo com lenços pretos expressou a insatisfação das manifestantes em relação à violência contra a mulher no país.

A polícia, ciente do protesto, colocou barreiras ao redor do Congresso, mas as mulheres marcharam com determinação e conseguiram superá-las, alcançando a parte baixa do edifício. A manifestante Sandra Deras, em entrevista à AFP, declarou que o objetivo da marcha era protestar contra todas as formas de violência contra a mulher e exigir a aprovação da Lei Integral Contra a Violência, já prometida pela presidente.

De acordo com o Centro de Direitos das Mulheres, a violência contra a mulher tem aumentado de forma alarmante em Honduras, com pelo menos 15 assassinatos de mulheres registrados nos primeiros 15 dias de 2024. O Observatório da Violência da Universidade Nacional Autônoma de Honduras revela que, em 2023, foram registrados 380 feminicídios, um aumento em relação aos 308 casos registrados em 2022.

Honduras é apontado pela ONU Mulheres como o quinto país com a maior taxa de feminicídios no mundo, com uma média de 6,47 casos para cada 100.000 habitantes. Esse dado coloca o país como o mais perigoso da América Latina para as mulheres.

Além da manifestação em Tegucigalpa, outros eventos em prol do direito das mulheres estão sendo realizados ao redor do mundo, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A luta contra o feminicídio e outras formas de violência de gênero continua a ser uma pauta prioritária globalmente.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo