Em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, Maha Yasin expressou orgulho com a decisão da Corte. “Me sinto orgulhoso da decisão da Corte, é a primeira vez que o mundo diz a Israel que passou dos limites”, afirmou. As expectativas de justiça, no entanto, contrastaram com a realidade de 1,7 milhão de palestinos deslocados pela guerra, que ansiavam por mudanças significativas na situação do território.
Segundo as autoridades do Hamas, os bombardeios e operações terrestres israelenses resultaram na morte de 26.083 pessoas, a maioria delas mulheres e menores. No entanto, em Ramallah, na Cisjordânia, a decepção foi palpável entre os palestinos reunidos em um cinema, que esperavam um veredicto mais incisivo da CIJ. “Nos sentíamos muito otimistas, mas agora estamos insatisfeitos”, disse Mays Shabana.
A expectativa por um cessar-fogo e a facilitação da entrada de ajuda humanitária em Gaza não foram atendidas, gerando frustração entre os palestinos. A decisão da CIJ envolveu exigências para que Israel impeça atos de genocídio em Gaza e permita a entrada de assistência humanitária, mas alguns ficaram desapontados com a falta de ações mais diretas por parte do tribunal.
A situação na região permanece tensa, com Israel prometendo “aniquilar” o Hamas e os palestinos clamando por paz. Apesar da frustração com o veredicto da CIJ, muitos palestinos consideraram a decisão um avanço em direção à justiça, particularmente aqueles que sofreram perdas graças à ofensiva israelense.
O veredicto da CIJ foi acompanhado pelo Exército israelense instando a população a se retirar de certas áreas da cidade, onde veículos blindados tomaram posição em Rafah, no sul de Gaza. A guerra entre Israel e Hamas continua a causar deslocamentos e vítimas, e muitos palestinos ainda aguardam por um desfecho que os coloque em segurança e paz.
Portanto, a situação permanece urgente e complexa, alimentando a esperança por um futuro melhor entre os palestinos, enquanto o conflito na região continua a causar sofrimento e disparidades. A decisão da CIJ pode ter sinalizado um passo em direção à justiça, mas a luta por paz e segurança na Palestina continua.