Em um debate realizado na Comissão de Direitos Humanos (CDH) no ano de 2023, os familiares das vítimas expressaram sua frustração em relação à mudança na competência para julgar os responsáveis pelo rompimento da barragem da Vale. Para eles, essa mudança representou uma violação dos direitos das vítimas e atrasou o processo de responsabilização dos envolvidos.
Andresa Rodrigues, presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão Brumadinho, foi enfática ao afirmar que os processos judiciais regrediram para a fase inicial, o que gerou atrasos significativos na punição dos responsáveis pela tragédia. Segundo ela, a mudança na competência para julgar o caso resultou na retomada da fase de citação dos acusados, o que acabou por retardar o andamento dos processos.
A comunidade de Brumadinho e as famílias das vítimas continuam a lutar por justiça e por medidas que visem reparar os danos causados pelo desastre. O rompimento da barragem da Vale deixou feridas profundas, tanto no aspecto humano quanto ambiental, e as consequências continuam a ser sentidas até hoje.
Cinco anos depois do desastre, a discussão sobre as responsabilidades e a busca por justiça permanecem vivas. As famílias das vítimas clamam por celeridade nos processos judiciais e por medidas concretas que visem reparar os danos causados. A tragédia de Brumadinho permanece como um triste lembrete dos perigos e das consequências devastadoras da negligência no setor de mineração.
Neste aniversário de cinco anos da tragédia, a comunidade e as famílias das vítimas renovam sua luta e mantêm a esperança de que a justiça seja feita e que a memória daqueles que perderam suas vidas seja devidamente honrada.