Navio cargueiro atingido por míssil ao largo da costa do Iêmen em solidariedade a Gaza desencadeia crise marítima no Mar Vermelho.

Ataque de mísseis a navio cargueiro aumenta tensão no Mar Vermelho

Nesta sexta-feira, um navio cargueiro foi atingido por um míssil próximo à costa do Iêmen, causando incêndio a bordo, conforme anunciado pela Ambrey, empresa privada de segurança marítima. O incidente é mais um episódio da série de ataques contra navios mercantes perpetrados pelos rebeldes houthis do Iêmen no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, em “solidariedade” com Gaza.

De acordo com a Ambrey, o navio foi atingido por um míssil e a tripulação está a salvo, mas continua sob risco. A região do Mar Vermelho tem sido alvo de ataques dos houthis desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em Gaza. Os houthis, aliados do Irã, controlam parte do território iemenita e têm recebido apoio financeiro e militar do governo iraniano. Os ataques à embarcações comerciais que transitam pelo Mar Vermelho têm como finalidade expressar apoio à “resistência” em Gaza.

Como resultado dos ataques, inclusive com a captura de um navio cargueiro em novembro, seguradoras elevaram os preços cobrados das embarcações que tinham o Mar Vermelho em suas rotas, o que impactou no custo do frete. Em alguns casos, empresas interromperam temporariamente suas operações e contornaram o continente africano para ligar a Europa à Ásia e Oriente Médio.

As ações houthis têm causado instabilidade na região, que é responsável por promover o transporte de cerca de 12% das exportações globais, movimentando anualmente cerca de 1 trilhão de dólares em cargas. Diante desse cenário, países como os EUA, o Reino Unido e outras nações têm se mobilizado, lançando uma coalizão naval para proteger os navios comerciais.

Essa escalada de tensão tem levantado preocupações quanto à segurança da rota marítima e colocado em evidência os interesses estratégicos e econômicos no local. Até agora, os ataques e a pressão internacional não tiveram resultados concretos para a cessação das agressões.

Apesar dos bombardeios coordenados por EUA e Reino Unido, inclusive contra posições houthis no Iêmen, a administração de Joe Biden reconhece que é difícil conter as ações dos rebeldes. Apesar de declarar que os bombardeios continuarão, Joe Biden afirmou que isso não será suficiente para deter os houthis.

Diante de tantos aspectos a serem considerados, a situação envolvendo o Mar Vermelho e os ataques do Iêmen continuam a desafiar as iniciativas internacionais. Portanto, a questão permanece um item incerto na agenda geopolítica global.

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