A medida gerou reações de repúdio, especialmente entre prelados conservadores, principalmente na África, onde a homossexualidade ainda é ilegal em vários países. No discurso perante os membros do Dicastério para a Doutrina da Fé, o Papa esclareceu que “Quando um casal se aproxima espontaneamente para pedir, não se benze a união, mas simplesmente as pessoas que juntas a pediram”. Ele enfatizou que as bençãos, fora de qualquer contexto e forma litúrgica, não exigem a perfeição moral para serem recebidas.
Francisco também ressaltou a importância de considerar “o contexto, as sensibilidades, os lugares onde vivem e as formas adequadas de fazê-lo”, em uma defesa clara do documento publicado pelo Vaticano. No entanto, a medida recebeu críticas por parte de setores conservadores da Igreja, com algumas figuras importantes denunciando-a como uma “heresia”.
Desde sua eleição em 2013, o papa Francisco tem buscado abrir a Igreja, em particular, aos fiéis LGBTIA+, mas seus esforços têm enfrentado forte resistência. Recentemente, o cardeal da Guiné Robert Sarah denunciou a autorização como uma “heresia”, enquanto o cardeal chinês Joseph Zen pediu a saída do monsenhor Fernández. No entanto, Francisco tem mantido uma posição firme em relação à importância de acolher e abençoar todos os fiéis, independentemente de sua orientação sexual.
Esta discussão segue sendo um tema importante e controverso dentro da Igreja Católica, evidenciando as divisões e tensões em relação à questão da homossexualidade. A posição do Papa Francisco em busca de maior inclusão tem gerado reações tanto de apoio quanto de rejeição, e continua sendo um dos pontos de destaque de seu papado.