Suprema Corte da Venezuela confirma inelegibilidade de Henrique Capriles por 15 anos em decisão alinhada com o governo.

Um dos maiores líderes da oposição na Venezuela, Henrique Capriles, teve uma decisão polêmica envolvendo a sua inelegibilidade por 15 anos confirmada pela Suprema Corte do país. Isso significa que ele está impossibilitado de participar de qualquer eleição presidencial por esse período. Capriles, que já foi candidato a presidente em duas ocasiões, contestou a sanção em 2017, alegando que seria devido a supostas irregularidades administrativas durante seu mandato como governador. No entanto, a corte manteve a decisão e considerou sem mérito a contestação.

Além da situação envolvendo Capriles, a Suprema Corte da Venezuela também deve dar um veredicto sobre a inelegibilidade de María Corina Machado, uma das principais lideranças opositoras. Machado, que obteve amplo apoio em uma votação primária no ano passado, ainda é considerada inelegível por suposta corrupção e por apoiar sanções contra Caracas. Essas decisões têm gerado polêmica e controvérsia no país, especialmente entre os opositores do governo.

Henrique Capriles e María Corina Machado são figuras proeminentes na oposição venezuelana e têm o apoio de uma parcela significativa da população. Suas inelegibilidades podem ter impactos diretos no cenário político do país, principalmente em relação às futuras eleições. Capriles, por exemplo, era visto como um possível substituto de Machado nas primárias realizadas pela oposição.

Por outro lado, o governo de Nicolás Maduro e a oposição concordaram em realizar eleições livres e justas em 2024, com a presença de observadores internacionais. Esse acordo acabou levando os Estados Unidos a aliviar as sanções contra a Venezuela, o que teve desdobramentos econômicos significativos, como a permissão para a Chevron retomar a extração limitada de petróleo no país.

Todas essas questões colocam a Venezuela em um cenário político delicado e incerto, com uma oposição fragmentada e lideranças contestadas em relação à sua elegibilidade. Está claro que a situação no país continuará a gerar debates e discussões nos próximos anos, principalmente no contexto das eleições futuras e das relações internacionais envolvendo a Venezuela.

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