“UNRWA demite funcionários acusados por Israel em incursão mortal”

Hoje, dia 11 de março, a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos anunciou que demitiu “vários” funcionários suspeitos de envolvimento em uma incursão fatal lançada por comandos islamistas no sul de Israel. A decisão de demitir os funcionários foi tomada após informações recebidas das autoridades israelenses. A agência também anunciou que iniciou uma investigação para apurar as alegações.

Philipe Lazzarini, chefe da agência da ONU, afirmou que as ações da UNRWA reiteraram a condenação nos termos mais fortes dos ataques de 7 de outubro e pediram a libertação imediata e sem condições dos reféns mantidos em Gaza. A agência também enfatizou que mais de 2 milhões de pessoas em Gaza dependem da ajuda vital fornecida pela agência desde o início da guerra.

O Departamento de Estado dos EUA demonstrou preocupação com as suspeitas em relação à agência e anunciou a suspensão temporária do financiamento adicional à UNRWA enquanto examina as acusações e as medidas que as Nações Unidas estão tomando. De acordo com o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, é imprescindível que os responsáveis pelos ataques sejam responsabilizados.

A incursão de outubro de 2023, lançada por centenas de combatentes do Hamas, resultou na morte de 1.200 pessoas, a maioria civis, e fez cerca de 240 pessoas reféns, marcando o pior ato de violência contra o Estado judeu desde sua formação em 1948.

O Hamas, em comunicado, justificou a incursão como “passo necessário e uma resposta normal a todas as conspirações israelenses contra a população palestina”. Da mesma forma, exigiu a “cessação imediata da agressão israelense em Gaza, dos crimes e da limpeza étnica”.

Os detalhes da incursão, incluindo a política e os procedimentos seguidos pela UNRWA, levantaram dúvidas e preocupações em relação ao financiamento à agência. A demissão dos funcionários e a abertura de investigações devem esclarecer as alegações e as implicações para a agência da ONU e o papel fundamental que desempenha na prestação de assistência vital aos palestinos. As Nações Unidas e a comunidade internacional acompanharão de perto o desenrolar dos acontecimentos nos próximos dias.

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