Cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, é marcada por desespero e precariedade em meio a conflitos.

Muitos palestinos estão fugindo desesperadamente dos combates e do caos na Faixa de Gaza, procurando refúgio na cidade de Rafah, no sul do território, próximo à fronteira com o Egito. Esse é o caso de Um Imad, de 70 anos, que passou três dias a pé para chegar a Rafah, onde está vivendo à intempérie, assim como milhares de outros palestinos.

Ela desabafa sua situação de desespero ao relatar que não encontrou nenhum abrigo para se proteger do clima ruim e que tem que lidar com crianças órfãs que estão sob sua responsabilidade. A situação de Abdallah Halas, de 24 anos, não é muito diferente, pois ele relata que não sabe onde dormir e até chega a chorar diante dessa realidade.

Segundo a ONU, cerca de 1,3 milhão de pessoas se encontram aglomeradas em Rafah vivendo em “condições de desesperança”. A situação fica ainda mais complexa pelo fato de que muitas das necessidades básicas estão sendo vendidas por preços exorbitantes, ampliando ainda mais a dificuldade enfrentada por esses refugiados.

O deslocamento dos habitantes da Faixa de Gaza é intenso, demonstrando a falta de estabilidade vivida por essa população. O cenário é de ruas lotadas, vendedores tentando ofertar produtos escassos a preços elevadíssimos e famílias enfrentando dificuldades de alojamento.

A guerra no território teve início após a incursão de comandos islamistas no sul de Israel, o que desencadeou uma retaliação de Israel em Gaza, resultando em centenas de mortes e milhares de deslocados. A limitação da entrada de produtos essenciais em Gaza também agrava a crise humanitária no local.

Enquanto isso, os habitantes sofrem com a escassez de combustível e as dificuldades cotidianas se acumulam. Diante desse cenário, fica evidente a necessidade de atenção internacional para atenuar o sofrimento dessa população vulnerável.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo