De acordo com Caputo, a intenção é evitar atrasos e acelerar o cronograma no Congresso, priorizando medidas consideradas urgentes. Ele ressaltou que o capítulo fiscal do projeto foi removido, mas isso não significa que as questões fiscais não serão discutidas. Pelo contrário, o ministro afirmou que tais medidas poderão ser tratadas posteriormente.
Entre os pontos mais polêmicos do pacote fiscal estavam os impostos sobre exportações de grãos e produtos industriais, além de ajustes no sistema de atualização das pensões. O governo recebeu críticas sobre as mudanças propostas, tanto de governadores de províncias quanto de parlamentares da oposição.
Apesar das resistências, o governo obteve apoio suficiente para levar o projeto de lei ao plenário da Câmara dos Deputados, contando com o aval de deputados da oposição mais conciliadores. Caputo frisou que o projeto legislativo contém mais de 500 artigos que implicam em uma mudança regulatória e estrutural no país, estabelecendo as bases para o crescimento nos próximos 20 anos.
Em seu primeiro artigo, a iniciativa legislativa declara emergência em questões econômicas, financeiras, fiscais, de seguridade social, segurança, saúde, tarifas, energia e administrativas, promovendo a iniciativa privada e o desenvolvimento da indústria e do comércio.
Segundo Caputo, a decisão tomada não significa que o governo está abandonando o compromisso de equilibrar as contas fiscais e alcançar o “déficit zero”. Novas medidas serão avaliadas e um consenso será buscado com os governadores e legisladores no futuro.
A Argentina vem passando por mudanças significativas desde a posse do presidente Javier Milei, em 10 de dezembro. O governo tem trabalhado para reduzir o déficit fiscal e reverter a recessão econômica, com um olhar atento para o impacto internacional dessas transformações.