Bênção de Carnaval une o sagrado e o profano em Olinda, com a presença de blocos, clubes e agremiações da festa.

Na noite de segunda-feira (29), o Largo do Amparo, em Olinda, foi palco de um encontro de blocos, clubes e agremiações de Carnaval. Em cortejo, eles se dirigiram até a Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe para receber uma bênção com água benta, simbolizando a união do sagrado e do profano em mais uma edição do período mais colorido do calendário.

Participaram do evento grupos como Eu Acho é Pouco, Educandário Maria Gorete, Tá Maluco, Batuques de Pernambuco, Olha a Hora, Os Bolinhos na Folia, Elefante de Olinda, Ceroula, Bloco Afro Aráylê, Bloco Cordas e Retalhos, Cariri Olindense e La Ursa do Bonfim. A presença de orquestras, passistas e bonecos gigantes também foi destaque na programação da noite em Olinda.

A bênção foi realizada por Dom André, da Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, que abençoou os estandartes dos blocos e os bonecos gigantes, projentando um período carnavalesco de paz e respeito ao próximo. O evento, apesar de promovido pela Igreja Católica, recebeu e abençoou blocos e foliões de todas as religiões, como ressaltado por Dom André.

Maíra Karê, representante do Afoxé Babá Orixalá Funfun, que participou pela primeira vez do evento, ressaltou a importância de reivindicar mais respeito e menos intolerância religiosa em 2024. O devoto também ressaltou a importância de paz e harmonia no Carnaval.

O Eu Acho É Pouco, um dos grupos presentes no evento, realizou seu tradicional Baile Vermelho e Amarelo no mês passado, e organizou um ensaio aberto nas ladeiras de Olinda. Já está prevista a realização de mais uma edição do Eu Acho É Pouquinho, a versão infantil do bloco. De acordo com o padre Lima, a benção busca pedir a Deus por uma orientação para sermos pessoas do bem.

O Grupo Percussivo Batuques de Pernambuco, que completará 20 anos em 2024, participou pela segunda vez do evento, garantindo que a benção traz uma questão de segurança e força, além da tranquilidade de um Carnaval de paz. Ainda assim, a diversidade religiosa esteve presente no momento de bênção dos blocos, pedindo, acima de tudo, mais respeito e tolerância independentemente da religião.

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