Além disso, quatro pessoas já faleceram em decorrência de complicações da dengue neste ano. Dos óbitos registrados, um ocorreu em Bebedouro, um em Jacareí e dois em Pindamonhangaba, municípios do interior do Estado. Em 2023, oito mortes foram registradas nas três primeiras semanas do ano. É importante ressaltar que existe um atraso na transmissão dos dados, o que significa que as estatísticas de 2024 ainda podem sofrer revisões.
Além da dengue, foram confirmados, até o momento, 187 casos de chikungunya, doença transmitida pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. Não houve registro de casos de zika nas três primeiras semanas do ano. As três doenças são transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti.
O cenário da dengue não é exclusivo do Estado de São Paulo. No Brasil, três unidades federativas – Minas Gerais, Acre e Distrito Federal – já decretaram situação de emergência em saúde pública. Até a terceira semana epidemiológica de 2024, o País registrou mais de 120 mil casos prováveis de dengue, em comparação com 44 mil casos na mesma época do ano anterior.
Por conta desse aumento expressivo, o combate ao mosquito Aedes aegypti se torna ainda mais urgente. A prevenção é feita principalmente tentando evitar a reprodução do mosquito, impedindo que ele consiga encontrar locais com água parada que possa transformar em criadouros. Nesse sentido, o governo federal iniciou a vacinação contra a dengue com o imunizante Qdenga, do laboratório japonês Takeda, aprovado para uso recentemente.
A faixa etária prioritária para a vacinação contra a dengue será de 10 a 14 anos. Isso ocorre devido ao número limitado de doses disponíveis. As crianças dessa faixa etária devem começar a ser vacinadas já em fevereiro. Segundo autoridades de saúde, a escolha foi feita levando em consideração que, entre as crianças, o grupo de 10 a 14 anos concentra o maior número de hospitalizações.
Diante desse cenário alarmante, o alerta é para que a população e as autoridades redobrem os cuidados com a prevenção e o combate ao mosquito Aedes aegypti. O controle rigoroso da proliferação do vetor é essencial para conter a propagação das arboviroses e evitar um aumento ainda maior no número de casos. A vacinação, quando disponível, também se torna uma ferramenta importante nesse cenário, ajudando a proteger a população mais vulnerável contra a dengue.