Casos de dengue em São Paulo aumentam 26,7% em 2024; quatro mortes registradas

Os números de casos de dengue em São Paulo estão preocupando as autoridades de saúde. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, até a terceira semana epidemiológica de 2024, foram confirmados 10.728 casos da doença. Este número representa um aumento de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Além disso, quatro pessoas já faleceram em decorrência de complicações da dengue neste ano. Dos óbitos registrados, um ocorreu em Bebedouro, um em Jacareí e dois em Pindamonhangaba, municípios do interior do Estado. Em 2023, oito mortes foram registradas nas três primeiras semanas do ano. É importante ressaltar que existe um atraso na transmissão dos dados, o que significa que as estatísticas de 2024 ainda podem sofrer revisões.

Além da dengue, foram confirmados, até o momento, 187 casos de chikungunya, doença transmitida pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. Não houve registro de casos de zika nas três primeiras semanas do ano. As três doenças são transmitidas pela picada do mosquito Aedes aegypti.

O cenário da dengue não é exclusivo do Estado de São Paulo. No Brasil, três unidades federativas – Minas Gerais, Acre e Distrito Federal – já decretaram situação de emergência em saúde pública. Até a terceira semana epidemiológica de 2024, o País registrou mais de 120 mil casos prováveis de dengue, em comparação com 44 mil casos na mesma época do ano anterior.

Por conta desse aumento expressivo, o combate ao mosquito Aedes aegypti se torna ainda mais urgente. A prevenção é feita principalmente tentando evitar a reprodução do mosquito, impedindo que ele consiga encontrar locais com água parada que possa transformar em criadouros. Nesse sentido, o governo federal iniciou a vacinação contra a dengue com o imunizante Qdenga, do laboratório japonês Takeda, aprovado para uso recentemente.

A faixa etária prioritária para a vacinação contra a dengue será de 10 a 14 anos. Isso ocorre devido ao número limitado de doses disponíveis. As crianças dessa faixa etária devem começar a ser vacinadas já em fevereiro. Segundo autoridades de saúde, a escolha foi feita levando em consideração que, entre as crianças, o grupo de 10 a 14 anos concentra o maior número de hospitalizações.

Diante desse cenário alarmante, o alerta é para que a população e as autoridades redobrem os cuidados com a prevenção e o combate ao mosquito Aedes aegypti. O controle rigoroso da proliferação do vetor é essencial para conter a propagação das arboviroses e evitar um aumento ainda maior no número de casos. A vacinação, quando disponível, também se torna uma ferramenta importante nesse cenário, ajudando a proteger a população mais vulnerável contra a dengue.

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