Presidente do México denuncia hacking de dados pessoais de jornalistas e atribui vazamento a adversários políticos.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou nesta segunda-feira que seu governo está investigando o possível “hacking” dos dados pessoais de mais de 300 jornalistas credenciados na Presidência. Ele atribui o vazamento de informações aos seus adversários políticos.

Durante sua coletiva de imprensa matinal, o presidente afirmou que é necessário descobrir quem hackeou os dados e o que realmente aconteceu. Ele também prometeu apoio a todos os jornalistas que aparecem na lista, denunciando o ocorrido como uma “guerra suja” e acusando seus adversários políticos.

Além disso, López Obrador classificou o vazamento como um ataque cibernético e mencionou o caso Guacamaya, fazendo referência ao vazamento de documentos oficiais confidenciais que afetaram vários países na América Latina, incluindo o México.

O presidente ainda alertou que, devido às eleições presidenciais que ocorrerão em 2 de julho, é provável que esse tipo de ação ilegal e outras que afetem seu governo se repitam.

Na última sexta-feira, o fundador da empresa de segurança cibernética Silikn, Víctor Ruiz, denunciou nas redes sociais o vazamento dos nomes e dados pessoais dos jornalistas. Diversos profissionais da Agence France-Presse (AFP) foram identificados na lista, sendo que alguns deles foram credenciados no governo de López Obrador em 2021.

Essa atitude do governo mexicano não é considerada apenas uma violação grave da privacidade dos profissional envolvidos, mas também representa uma clara tentativa de interferência na liberdade de expressão e no jornalismo independente. Diante disso, a sociedade civil e organizações internacionais de defesa da liberdade de imprensa devem estar atentas e tomar medidas para evitar que a situação piore.

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