O feminicídio se caracteriza pelos assassinatos em que as motivações envolvem a condição de ser mulher, seja diretamente ligada à violência doméstica ou por razões misóginas, envolvendo menosprezo ou discriminação voltadas ao sexo feminino.
Os números revelam um aumento considerável em relação aos anos anteriores, com 195 casos em 2022, 140 em 2021 e 136 em 2018, ano em que essa categoria passou a ser diferenciada nos registros de homicídios.
Os crimes acontecem em diferentes locais, seja em ambientes privados ou nas ruas. A Polícia Civil divulgou casos chocantes, como o de uma mulher asfixiada com travesseiros em um hotel em Campinas, no interior de São Paulo, e o incidente em Barretos, onde um homem esfaqueou duas pessoas que tentaram defender sua ex-companheira, resultando na morte de uma delas.
Diante do aumento alarmante dos casos de feminicídio, a SSP está dedicando esforços para entender a dinâmica desse tipo de crime. Os dados mostram que em 83,2% das situações, a vítima havia sofrido violência doméstica anteriormente, em 56,1% das ocorrências a mulher tinha uma relação afetiva com o agressor e em 39,3% tinha uma ligação familiar ou de amizade.
A secretaria também implementou um projeto para monitorar os agressores por meio de tornozeleiras eletrônicas. Desde setembro até 24 de janeiro, 167 agressores foram tornozeleados, sendo que 74 estavam envolvidos em casos de violência doméstica, e 9 foram presos novamente por violarem a ordem de distância.
É evidente que a violência contra a mulher continua a ser uma questão urgente que demanda ações efetivas por parte das autoridades e órgãos responsáveis pela segurança pública. O aumento dos casos de feminicídio no estado de São Paulo é um alerta sobre a necessidade de medidas ainda mais eficazes para proteger as mulheres e prevenir essas tragédias.
