De acordo com a Transparência Internacional, mais de dois terços dos países obtiveram pontuações inferiores a 50, com uma média global de 43 pontos. Além disso, 23 países apresentaram queda em suas pontuações.
A Dinamarca liderou o ranking com 90 pontos, seguida da Finlândia, Nova Zelândia e Noruega. Já a Somália foi classificada em último lugar, com apenas 11 pontos. O Brasil, por sua vez, ficou atrás de países das Américas, como Uruguai, Chile, Cuba e Argentina.
A entidade atribui a queda de posição do Brasil ao desmonte dos marcos legais e institucionais anticorrupção durante o governo de Jair Bolsonaro, que, segundo a Transparência Internacional, dedicou-se a destruir esses pilares de controle. O primeiro ano de gestão de Luiz Inácio Lula da Silva também foi avaliado como falho na reconstrução dos mecanismos de controle da corrupção e democráticos.
Em resposta, a Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que trabalha diariamente para identificar e corrigir riscos de corrupção em políticas públicas e ressaltou que vem fortalecendo a integridade dos órgãos federais.
A Transparência Internacional fez uma série de recomendações para o governo federal, incluindo o desenvolvimento e implementação de uma política nacional anticorrupção com ampla participação da sociedade. Além disso, a entidade pediu total transparência orçamentária e o fim do uso de mecanismos de negociação política, como o “orçamento secreto”. Outras recomendações incluem a preservação da Lei das Estatais, o fortalecimento dos mecanismos de governança dessas empresas e a promoção da inclusão e da diversidade nas nomeações a cargos de alto escalão e no Poder Judiciário. A Transparência também recomendou a remoção de funcionários de alto escalão sob investigação ou processados por corrupção e irregularidades relacionadas.