Força Aérea Brasileira intercepta aeronave suspeita perto da Terra Indígena Yanomami, em operação na Zona de Identificação de Defesa Aérea.

Na manhã desta segunda-feira (29), a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou uma aeronave modelo Cessna 182, a cerca de 110 quilômetros a oeste de Boa Vista (RR), no espaço aéreo próximo à Terra Indígena Yanomami (TIY). A aeronave realizava um voo desconhecido, o que levantou suspeitas de tráfego aéreo ilícito na Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida), definida em janeiro de 2023 através de decreto presidencial.

A FAB informou que três aeronaves, dos modelos E-99, R-99 e A-29 Super Tucano, foram empregadas na missão em conjunto com a Polícia Federal (PF) para interceptar a aeronave suspeita. A operação teve início após a FAB identificar o avião em voo, o qual passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (Comae) e pela Polícia Federal.

De acordo com o relatório da FAB, a aeronave monitorada descumpriu as ordens do piloto da FAB, que solicitou a verificação de dados do voo a distância e, na sequência, determinou a mudança de rota. Diante disso, a defesa aérea disparou duas rajadas dos chamados Tiros de Aviso (TAV) após alertas feitos por rádio. Posteriormente, a aeronave realizou um pouso em uma pista de terra e o piloto conseguiu fugir do local após o pouso.

A Polícia Federal apreendeu o avião após a adoção de Medidas de Controle de Solo por militares do Grupamento de Segurança e Defesa da Base Aérea de Boa Vista e de agentes da PF. A ativação da Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida) no espaço aéreo que compreende a Terra Indígena Yanomami e proximidades ocorreu em fevereiro do ano passado, e compete à FAB a adoção de Medidas de Controle do Espaço Aéreo contra qualquer tipo de tráfego suspeito para garantir que as regras sejam respeitadas.

A Zida é composta por áreas, de acordo com o nível de acesso, sendo elas reservadas, restritas e proibidas, e a medida tem o objetivo de aumentar a defesa aérea e o policiamento na região para combater o garimpo ilegal em Roraima. A medida vale enquanto durar a emergência em saúde pública naquela localidade.

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