O Estreito de Gerlache, um canal natural com aproximadamente 160 quilômetros de extensão, é o local onde a coleta está sendo realizada. A coleta realizada pelo pesquisador colombiano será estudada em seu país, onde será determinada a presença de microplásticos nas amostras coletadas.
Apesar da remota localização do continente, pesquisadores apontam para a contaminação por microplásticos como um indício alarmante da poluição global. Estudiosos acreditam que os microplásticos podem ter chegado à Antártica por meio de diversas rotas, como as correntes marítimas que transportam essas partículas.
Segundo o pesquisador Jorge Tadeo Lozano, da Universidade de Bogotá, a presença de microplásticos na Antártica mostra que o continente reflete a problemática ambiental que afeta o planeta.
O impacto dos microplásticos nos oceanos se expande a cada dia e já foi comprovada a presença dessas partículas em outras partes do mundo, devido à má gestão dos resíduos. A presença desse tipo de material não é apenas uma ameaça ambiental, mas pode ser letal para os animais e ecossistemas do local.
Além disso, a presença de microplásticos na região da Antártica é preocupante, uma vez que o continente branco é altamente exposto a ameaças externas. Os efeitos da presença dessas partículas podem se alastrar na cadeia alimentar, afetando desde o krill, que serve de alimento para animais maiores, até a camada de gelo do continente.
A ameaça representada pelos microplásticos na Antártica é reflexo das ações não sustentáveis da humanidade, o que reforça a necessidade de ações efetivas para a preservação do ecossistema e a redução da poluição global.