Prisioneiros Estrangeiros Repatriados do Equador Proibidos de Retornar “Para Sempre”

O presidente equatoriano Daniel Noboa proibiu os prisioneiros repatriados de retornar ao país “para sempre”, como parte de um esforço para reduzir a superlotação nas prisões locais. Noboa emitiu a ordem de retorno dos prisioneiros estrangeiros aos seus países de origem na segunda-feira, o que tem sido considerado uma “expulsão em massa” por alguns países vizinhos.

O governo equatoriano busca reduzir a superlotação nas prisões, que atualmente abrigam mais de 31.000 presos, 3.200 dos quais são estrangeiros. A medida foi fortemente criticada pelo governo colombiano, que a considerou uma medida unilateral que poderia resultar na libertação dos prisioneiros devolvidos do lado colombiano da fronteira.

Em entrevista à Ecuavisa, Noboa afirmou que a posição da Colômbia é um problema para o próprio país, mas reiterou a proibição dos repatriados de retornar ao Equador. Ele também anunciou planos de construir dois novos presídios de segurança máxima nos próximos onze meses para abrigar detentos considerados os mais perigosos.

De acordo com Noboa, sua administração está em guerra contra vinte gangues de narcotraficantes ligadas a cartéis colombianos e mexicanos, e a resposta violenta desses grupos resultou em cerca de vinte mortes em pouco mais de uma semana. Além disso, as forças militares e policiais equatorianas mobilizaram-se para prender cerca de 4.500 indivíduos e apreenderam 40 toneladas de drogas neste mês.

A situação alarmante das prisões equatorianas e a violência relacionada ao tráfico de drogas têm preocupado as autoridades, levando o governo a adotar medidas drásticas, como a saída permanente de prisioneiros estrangeiros. No entanto, as ações do presidente Noboa têm sido criticadas por outras nações, o que pode levar a um impasse diplomático nos próximos meses.

Assim, a situação envolvendo a repatriação de prisioneiros é apenas um dos elementos de uma crise maior que o Equador enfrenta em relação ao sistema prisional e ao combate ao narcotráfico. O governo terá que lidar com os desdobramentos dessas decisões nos próximos meses, enquanto busca maneiras de conter a violência e a superlotação nas prisões do país.

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