Repórter Recife – PE – Brasil

Apesar da Neuralink, Elon Musk não é pioneiro em ‘biohacking’ para aprimorar mobilidade em pessoas com deficiência.

Em um pronunciamento realizado nesta semana, a Neuralink, empresa liderada pelo bilionário Elon Musk, anunciou que realizou o primeiro implante cerebral em um ser humano. Embora esse evento seja um marco significativo no avanço da tecnologia, Musk não é o pioneiro no campo do “biohacking”. O “biohacking” envolve a mistura de biologia e automação digital e é empregado em projetos que visam proporcionar maior acessibilidade e qualidade de vida para pessoas que passaram por acidentes trágicos e perderam a mobilidade.

Um exemplo notável é o programa BCI Pioneers Coalition, um fórum especializado na inclusão de pessoas com deficiência por meio da modernização. Durante o festival de inovação South by Southwest (SXSW) em 2023, um painel do BCI chamou a atenção do público ao compartilhar as histórias de James Johnson, Ian Burkhart e Nathan Copeland – todos tetraplégicos que passaram por alterações corporais tecnológicas para recuperar parte de sua autonomia.

James Johnson, que ficou paralisado do pescoço para baixo após um acidente, agora consegue realizar tarefas digitais, como edição de fotos e jogar videogames, graças ao implante. Nathan Copeland e Ian Burkhart também tiveram avanços significativos em sua reabilitação motora por meio de projetos de biohacking. Além disso, outros casos, como o de Keith Thomas e Jan Scheuermann, destacam avanços incríveis alcançados por meio de implantes neurais.

Elon Musk, em seu anúncio mais recente, afirmou que o primeiro implante da Neuralink em um ser humano foi bem-sucedido e apresentou resultados promissores na detecção de picos de neurônios. Esse marco certamente impulsionará ainda mais os esforços de projetos que visam proporcionar mobilidade por meio de avanços tecnológicos.

Esses casos exemplificam o impacto transformador que a tecnologia de implantes neurais pode ter na vida das pessoas, especialmente aquelas que sofreram danos físicos significativos. Os avanços no campo do biohacking mostram um futuro promissor para a reabilitação e aprimoramento humano por meio da tecnologia. A aplicação ética e responsável dessas tecnologias continuará a desempenhar um papel crucial na criação de soluções inovadoras para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiências físicas. Através de pesquisas e avanços contínuos, é possível que mais pessoas sejam beneficiadas por essas tecnologias no futuro.

Sair da versão mobile