No documento, a defensoria recomenda que as câmeras corporais sejam usadas por todos agentes envolvidos na operação, para que as imagens das ações sejam capturadas e passem por controle pelas autoridades competentes.
A nova fase da Operação Escudo foi lançada cerca de duas semanas atrás, em diversas regiões do estado de São Paulo. A Secretaria de Estado da Segurança Pública justifica que a operação é lançada sempre que um agente de segurança do Estado sofre um ataque, para restabelecer a ordem e a sensação de segurança da população.
Um dos crimes que motivou a reação das forças de segurança foi a morte da policial militar Sabrina Romão, em Parelheiros, zona sul da capital paulista, no último dia 18. Na semana passada, a SSP informou que dois homens suspeitos de envolvimento no crime foram presos.
Segundo a SSP, ocorreram três casos de tentativa de latrocínio contra policiais que teriam motivado o lançamento das operações Escudo. Os dados obtidos até o momento indicam que a policial foi morta em um roubo seguido de morte, assim como outro caso ocorrido em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Após o anúncio do lançamento da nova fase da Operação Escudo, a Ouvidoria das Polícias de São Paulo solicitou que os policiais militares envolvidos usem câmeras corporais. O ouvidor Cláudio Silva expressou preocupação com o modelo usado em Guarujá, no litoral paulista, no ano passado, que resultou na morte de 28 pessoas em 40 dias.
A Agência Brasil entrou em contato com a SSP para pedir um posicionamento sobre o ofício da defensoria e aguarda resposta. A solicitação da defensoria é mais um exemplo da preocupação crescente com a atuação das forças de segurança e a necessidade de transparência nas ações policiais. A utilização de câmeras corporais é vista como um mecanismo de controle e proteção tanto para a população quanto para os agentes envolvidos em operações como a Operação Escudo. A garantia de que as ações policiais sejam realizadas dentro dos limites legais e respeitando os direitos humanos é essencial para a preservação do Estado de Direito e a proteção da sociedade.