Scioli, que foi nomeado embaixador da Argentina no Brasil pelo antecessor de Milei, Alberto Fernandez, foi mantido no cargo no início da gestão de Milei, o que inicialmente foi visto como um sinal positivo para as relações entre Buenos Aires e Brasília.
O ex-vice-presidente é descrito como um político habilidoso e sua nomeação para o cargo de embaixador no Brasil foi um desafio para manter as relações entre os dois países estáveis, especialmente em meio às diferenças ideológicas entre os governantes Alberto Fernandez e Jair Bolsonaro. O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina, e a manutenção de boas relações com Brasília é considerada crucial para Buenos Aires.
Sciloi também foi responsável, juntamente com o embaixador do Brasil na Argentina, Julio Bitelli, por arquitetar a visita da chanceler da Argentina, Diana Mondino, a Brasília logo após a vitória de Milei nas eleições, em sua primeira viagem internacional.
Com uma carreira sólida na política argentina, Scioli é historicamente considerado um peronista, tendo ocupado o cargo de vice-presidente do país e o de governador da província de Buenos Aires. Além disso, ele foi o candidato do kirchnerismo contra Maurício Macri em 2015, perdendo no segundo turno.
A imprensa argentina descreve a atuação do embaixador no Brasil como “uma das melhores entre os embaixadores durante o mandato de Alberto Fernández.”
Com essa mudança, a participação de Scioli no governo argentino abre discussões sobre o impacto dessa transição nas relações bilaterais com o Brasil e os possíveis desdobramentos políticos. Acompanharemos de perto as saídas e chegadas que estão revolucionando o cenário político sul-americano.