Novo tratamento testado em camundongos pode combater a esclerose lateral amiotrófica, diz estudo publicado na revista PLOS Biology.

Um novo tratamento que foi testado em camundongos pode representar uma grande esperança para as pessoas que sofrem de esclerose lateral amiotrófica (ELA). A doença é neurodegenerativa e afeta cerca de 30 mil pessoas nos Estados Unidos, provocando uma paralisia progressiva dos músculos e geralmente levando à morte em menos de cinco anos. O estudo, publicado na revista científica PLOS Biology, foi conduzido por uma equipe da Universidade Northeastern e sugere que o tratamento em questão pode ajudar a combater a ELA.

A pesquisa consistiu em estudar como alcançar e estabilizar uma proteína que protege as células contra elementos tóxicos provenientes dos alimentos ou da inalação de oxigênio. Um gene chamado SOD1, quando mutado, pode levar à montagem incorreta dessa proteína, resultando em várias proteínas relacionadas a doenças como Alzheimer e Parkinson. O novo tratamento atua como um “estabilizador molecular”, mantendo a proteína em sua configuração correta, conforme explicou Jeffrey Agar, diretor do estudo.

Os experimentos realizados em camundongos geneticamente modificados para desenvolver a doença mostraram que o tratamento não apenas restaurava as funções da proteína, mas também interrompia quaisquer efeitos tóxicos secundários. Adicionalmente, a segurança do tratamento foi testada em ratos e cachorros. Conforme relatado pelos pesquisadores, o tratamento conseguiu estabilizar 90% das proteínas SOD1 nas células sanguíneas e 60 a 70% nas cerebrais.

Com base nesses resultados promissores, os pesquisadores agora buscam obter autorização para realizar ensaios clínicos em humanos. O potencial desse novo tratamento para combater a ELA representa uma esperança genuína para os pacientes que sofrem com essa doença devastadora. A continuidade das pesquisas e o avanço para testes em humanos serão passos fundamentais para confirmar a eficácia do tratamento e, potencialmente, oferecer uma nova perspectiva aos pacientes diagnosticados com ELA. A eficácia do tratamento em camundongos geneticamente modificados é um indício promissor e representa um avanço significativo na busca por terapias que possam ajudar a combater essa doença letal.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo