Oferta mundial de petróleo será suficiente em 2024, graças a países americanos, afirma chefe da AIE

Em uma declaração recente, o chefe da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, revelou que, apesar da decisão da Arábia Saudita de desistir de aumentar sua capacidade de produção petrolífera, a oferta mundial será suficiente em 2024. Birol destacou que a oferta do petróleo será garantida graças aos esforços de vários países americanos, como os Estados Unidos, Brasil, Canadá e Guiana.

Apesar de prever um aumento na demanda mundial de petróleo em 1,2 milhão de barris diários para 2024, Birol descartou que isso terá grandes alterações no mercado. Ele enfatizou que a oferta proveniente das Américas deve ser suficiente para cobrir essa elevação na demanda, desde que não ocorram problemas geopolíticos maiores no Oriente Médio. O diretor da AIE tranquilizou ao afirmar que espera um ano tranquilo para os mercados de petróleo, desde que não haja grandes conflitos geopolíticos.

Além disso, Birol destacou o papel significativo do Brasil na oferta mundial de petróleo. Ele afirmou que o Brasil representa cerca de 3% da oferta global de petróleo e elogiou o país por ser um provedor confiável dessa commodity.

A Arábia Saudita anunciou que interromperia seus planos de aumentar a capacidade de produção de petróleo, o que impactou no aumento dos preços da commodity. O anúncio da estatal saudita Aramco, combinado com tensões no Oriente Médio, as novas sanções dos Estados Unidos à Venezuela e os ataques de drones ucranianos contra instalações petrolíferas na Rússia, contribuíram para a alta dos preços do petróleo.

Birol também prevê que a demanda de petróleo chegará ao ápice até 2030 antes de cair, devido à desaceleração econômica da China e aos esforços para migrar para fontes renováveis de energia. Durante sua visita ao Brasil, ele se reuniu com ministros do governo e assinou um acordo de aceleração da transição energética no país. Ele destacou que a transição para energias limpas é a principal tendência dos mercados energéticos.

Em resumo, apesar das incertezas geopolíticas e da instabilidade do mercado, Birol está otimista de que a oferta mundial de petróleo será suficiente para atender à crescente demanda nos próximos anos.

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