Segundo a polícia, a tarde foi marcada pela detenção de 79 indivíduos depois que eles entraram brevemente em uma área de armazenamento, causando destruição e sendo posteriormente expulsos. Além disso, outras 15 pessoas haviam sido detidas nas imediações de Rungis algumas horas antes.
Essas prisões ocorrem em um momento de onda de protestos dos agricultores franceses, que estão exigindo auxílios de emergência e acusando a União Europeia e as importações de países de fora do bloco de serem responsáveis pela crise do setor.
Por volta das 16h50 locais (12h50 em Brasília), dezenas de agricultores, incluindo membros do sindicato Coordenação Rural, chegaram aos armazéns de Rungis. O presidente da Câmara de Agricultura do departamento de Lot-et-Garonne, no sudoeste do país, Serge Bousquet-Cassagne, declarou à AFP que “Tínhamos decidido ocupar Rungis e ocupamos Rungis”.
Uma caravana de 200 a 300 tratores partiu do sudoeste da França em direção ao norte na segunda-feira. De acordo com o ministro do Interior, Gérald Darmanin, havia mais de 100 pontos de bloqueio e cerca de 10.000 manifestantes em todo o país na quarta-feira.
Além dos protestos na França, outros países europeus estão sendo afetados, como Alemanha, Polônia, Romênia, Bélgica e Itália. Na terça-feira, os sindicatos agrícolas espanhóis também anunciaram que se juntarão ao movimento.
Em resumo, as tensões entre os agricultores e o governo francês continuam a crescer, e a situação também está tendo impacto em outros países da Europa, provocando uma onda de protestos generalizados. A crise no setor agrícola permanece em evidência e a atenção mundial está voltada para os desdobramentos desses protestos.
