Maduro criticou a suposta falta de governança de Noboa sobre o Equador, afirmando que o país está em um estado de “confusão” e insinuando que o presidente equatoriano estaria ‘abandonando’ seu país para estabelecer parcerias com os Estados Unidos. Noboa, por sua vez, revidou a declaração e afirmou que não reconhecerá os resultados da eleição presidencial venezuelana deste ano, após o Tribunal Supremo de Justiça decidir manter a inabilitação política de María Corina Machado, candidata da oposição.
A chanceler Sommerfeld afirmou que o governo equatoriano está avaliando com cautela e prudência a melhor maneira de lidar com as declarações de Maduro. O Equador, que rompeu relações diplomáticas com a Venezuela em 2019 durante o governo de Lenín Moreno, tem adotado uma postura de distanciamento em relação ao governo venezuelano, buscando apoio externo, principalmente dos Estados Unidos, na luta contra o narcotráfico e o crime organizado.
Noboa, que é o presidente mais jovem da história do Equador, assumiu o poder em novembro e enfrenta desafios como a violência relacionada ao narcotráfico, que resultou na morte de 20 pessoas em janeiro deste ano. O presidente equatoriano declarou o país em estado de conflito armado interno e recebe apoio dos Estados Unidos em sua luta contra o crime organizado.
Diante desse cenário, a tensão entre Equador e Venezuela permanece e a reação do governo equatoriano em relação às declarações de Nicolás Maduro permanece uma incógnita. O posicionamento cauteloso de Sommerfeld evidencia a complexidade da relação entre os dois países e a necessidade de uma ação contundente, porém prudente, por parte do Equador diante das declarações de seu vizinho. Este enfrentamento entre os dois líderes sul-americanos destaca as tensões políticas na região e acende um alerta para a necessidade de diálogo e estabilidade diplomática.